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NOTÍCIAS

Estilista baiana Goya Lopes aposta em mercado virtual

No ano em que comemora os seus 30 anos de carreira na moda, a estilista baiana Goya Lopes decidiu trilhar os caminhos do mundo digital. A criadora lançou uma loja virtual e já disponibiliza peças femininas e masculinas, além de acessórios e uma linha de produtos para a decoração.

O  e-commerce atenderá pedidos de todo o Brasil, intensificando as inserções do trabalho de Goya em outros estados brasileiros. A nova plataforma, que  está no ar, já pode ser acessada no seguinte endereço: goyalopes.com.br

"Nessa era digital, qualquer negócio precisa criar novas possibilidades. Por isso, já que vivemos nesse universo virtual, quem não quiser trilhar pelo mercado de e-commerce vai ficar um pouco para trás. É bem diferente ter uma loja física e uma loja que está 24 horas no ar", explica.

Ela acredita que nem todos os  potenciais clientes moram na capital baiana ou têm a possibilidade de passar pelo seu ponto fixo localizado no Pelourinho. Por isso, ela teve mais certeza de que esse é o percurso correto a trilhar.

"Mesmo num momento de crise, nós temos que nos mobilizar para diversificar as   estratégias. Ser criador é um desafio. Esse é o momento certo sim", conta.

Marca de identidade

Formada na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a designer  se consolidou como uma das mais importantes criadoras da moda afro-brasileira. Dessa forma, já estão disponíveis na loja virtual peças que causam uma associação imediata com esse histórico.  

"Por conta da  trajetória da marca Goya Lopes Design Brasileiro, compreendi que, se estamos lançando uma loja virtual, vamos apostar nos produtos que deixem clara a nossa identidade. Nós queremos que as pessoas possam se identificar", resume.

Goya acredita que assim é possível não só conquistar pessoas que não conhecem a sua obra na moda, mas também aqueles que já são fiéis à sua estética marcante e que valorizam o potencial afro-brasileiro.

"Os clientes vão encontrar sacolas, bolsas, camisetas, vestidos, torços e batas, por exemplo. Estamos iniciando com uma variedade de estampas e cores e com uma quantidade necessária", detalha Goya.

Sobre os tecidos utilizados nas peças da loja virtual, Goya conta que o algodão é o grande parceiro. Mas o tricoline estampado também aparece.   Além disso, a estilista esclarece que  está tudo pronto para, na segunda fase do e-commerce, entrarem os itens de decoração da  linha.

"Desde o início da minha carreira sempre fiz moda e decoração. A minha formação como design de superfície me deu essa possibilidade. Se você, enquanto criador, não abre seu leque de atuação as pessoas não te enxergam", comenta.

Política cultural

Outra novidade antecipada por Goya Lopes é que, há dois anos  em  formação, neste ano foi criada oficialmente a Associação Nacional da Moda Afro-Brasileira (Anamab), com sede em Minas Gerais.

Ela explica que, na verdade, esse projeto está em discussão  desde 2013. O grupo é composto por estilistas nacionais de cidades  como  Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

"Essa associação vai iniciar uma nova perspectiva para essa moda chamada afro-brasileira. Há cerca de 30 anos, quando iniciei minha carreira, ninguém se identificava dessa forma".

Além disso, a estilista integra pelo terceiro mandato consecutivo o Colegiado Setorial Nacional de Moda. Segundo ela, ainda há muito o que fazer na área. "A interface da moda é incrível. Porém, é necessário apostar nesse potencial".

 

Serviço:

Goya Lopes Design Brasileiro

Rua Gregório de Matos, nº 20 - loja 04 - Pelourinho / Tel:  (71) 3321-4782 / goyalopes.com.br

Makota Kisandembu fará parte da mesa de debate da Audiência Pública

CRIATIVAS - Feira de Mulheres Empreendedoras (BH/MG)

Papo com Bordado - Ateliê Cynthia Mariah
Oríle-Édé (Encontro do Povo de Axé)

Diáspora Negra no Brasil — É o nome que se dá ao fenômeno sociocultural e histórico que ocorreu em países além África devido à imigração forçada, por fins escravagistas mercantis que perduraram da Idade Moderna ao final do século XIX, de africanos (em especial africanos de pele escura chamados pela cultura ocidental de negros ou afrodescendentes) Uns dos temas abordados em nosso Encontro do Povo de Axé ,31 de Julho de 2016.
Informações: (21) 3315-2133 (21) 97012-3202
Realização: Ilê Asé D’Ogun Ayres - Casa Cultural e Religiosa João Batista

Coordenação Geral: Fatima Negrann
É o nosso primeiro momento de divulgação do evento aguardem nossa programação!

Milles Collines: A moda inspirada na mulher de Ruanda
 

A viagem Mil Colinas (Mille Colines) começou em Barcelona, Espanha, com Ines Cuatrecasas e Marc Oliver. Os designers de moda por formação , os dois estavam ansiosos para se envolver em algo ousado, criativo e aventureiro.

no Milles Collines

Uma viagem de 2008 a Ruanda e uma introdução à Antoinette, uma costureira local, levou à Marc e Ines de se mudar para Kigali onde desenvolveram sua primeira coleção em parceria com Antoinette. Um ano depois, mille collines  nasceu e logo se tornou Atellier forma de pleno direito.

Hoje, ele é totalmente propriedade e operada pela equipe de Kigali que ajudou a construir mille collines .

Em parceria com o Atelier e com um foco renovado no design e varejo da collines ethos mille permanece unchanged– misturando a criatividade , a força e a cultura do espírito Africano com sempre em evolução tendências globais. a atenção da marca aos detalhes e paixão por contar histórias bonitas continuará a brilhar através de cada produto collines mille .

Sobre o que é Mil Colinas (Mille Collines)?

Mille Collines é sobre representá-la. Uma mulher que pertence à África. Que vive em uma cidade cosmopolita e culturalmente diversa. Uma mulher que viaja e sempre descobre. Você tem uma afinidade com detalhes finos. Você é uma mulher de sucesso que se destaca na multidão. Você são movidos por uma paixão para defender o que você acredita dentro e que você representa. musa e inspiração de posteridade, Mille Collines cria para você e quer caminhar com você em sua jornada. Somos apaixonados por projetar as melhores roupas que falam para a mulher que você é.

Com as nossas coleções comemoramos a mulher da África. A mulher que manipula o trabalho e a família, e que tem uma paixão para a sua comunidade e usa sua força para a mudança. ternos, silhuetas refinadas, perolização 3D e desgaste de noite elegante refletem seus muitos lados.

Ela é uma mãe, uma empresária, um indivíduo. Ela está viva com rajadas de impressão e cor e fundamentada nos tons suaves da paisagem de África.


Como ela, os projetos têm muitas camadas. artesanato tradicional combina com materiais inesperados – óculos de sol são feitos de chifre e madeira de vaca – como desenvoltura Africana coloca sua marca na moda. É ela dizendo: “Esta sou eu.”

Estética negra empodera, sim. Porque não dá para enfrentar o racismo quando você ainda se odeia

Ainda que de maneira muito reduzida, pessoas negras tem ganhado algum espaço nas mídias impressas, televisiva e digitais e tentado com muito esforço apresentar uma outra imagem do que é a negritude. Meninas e rapazes que aceitam e assumem seu fenótipo negro como algo belo, ocupam de forma cada vez mais forte a moda, a fotografia, as artes e a produção cultural em geral. Além disso, cada vez mais projetos, que vão de páginas no Facebook e no Instagram até grandes ensaios fotográficos, compilam e espalham imagens positivas de pessoas negras na internet.
Mas isso tem recebido críticas de pessoas que vêem o movimento do “tombamento”, ou da valorização da estética negra, como algo superficial, que estaria deixando de lado questões importantes e urgentes. E aqui vem o grande conflito. Algumas pessoas que fazem essa crítica, além de apontar uma insuficiência da valorização estética na luta antirracista, muitas vezes colocam esse movimento como uma espécie de ferramenta do poder branco, já que na moda, na mídia e em outros lugares, essas iniciativas estão ligadas à comercialização de produtos em cujos processos a presença da negritude está meramente na exposição, sendo que os ganhos finais daquilo vão para brancos, na maioria das vezes. Outra crítica é que valorizar estética negra sem promover outras ações que abordem o genocídio do povo negro e a violência policial seria algo nulo, sem nenhum efeito na luta antirracista. Essas críticas podem fazer algum sentido, dependendo do contexto, mas será que também não são limitadas?

Racismo: um sistema complexo e de várias dimensões

O primeiro problema dessas críticas, na maioria das vezes, é que elas ignoram a complexidade do racismo e lembram apenas de um de seus tentáculos. De fato, um dos maiores problemas do nosso país é a violência policial contra o povo negro. Todas as estatísticas oferecem a evidência da continuidade histórica de um genocídio que começou quando os brancos invadiram a África e sequestraram os primeiros de nós, e essa indústria da morte do povo preto nunca parou, muito pelo contrário, ela segue com toda a força.
Ou seja, conseguiram nos derrotar em várias batalhas quando nos fizeram acreditar que não valia a pena lutar por nós mesmos, que nós valíamos menos, que não éramos humanos como eles, os brancos. Desmontaram parte de nossa resistência. A desvalorização, inferiorização e ridicularização da negritude, ao longo dos séculos, fixou no imaginário social da sociedade brasileira a ideia de que somos naturalmente inferiores e que só embranquecendo, seja pela miscigenação, seja pela auto-violência estética, poderíamos ser “menos piores”. E o racismo incutiu isso em nossas cabeças, em nosso hábitos, comportamentos e estilos de vida, e a partir daí nós mesmos reproduzimos essas violências contra nós. A naturalizaçao disso é tão forte que em nossa sociedade a negritude virou sinônimo de feiura. Por isso, mesmo quando um negro não é chamado de negro (por ter pele clara), o lugar que ele ocupa próximo à branquitude é o lugar do “feio”. Essa é uma ferramenta fundamental para desmontar nossa resistência. No lugar da auto-valorização, do auto-amor, aprendemos desde criança o auto-ódio, aprendemos a olhar no espelho e sentir nojo, raiva, tristeza por sermos quem somos, por trazermos a África estampada no corpo e a cometermos uma série de violências contra nossos corpos com o objetivo de ficarmos mais próximos da branquitude.

O racismo não esquece nenhuma pessoa negra: auto-amor como resistência

Por isso, acredito que o primeiro obstáculo que enfrentamos na luta contra o racismo é gostar de nós mesmos. É uma tarefa árdua, difícil e espinhosa se olhar no espelho e tentar sentir amor ao invés de ódio. Reverter no nosso imaginário a ideia secular de que a negritude é uma coisa, pequena, feia, ruim, dói bastante, porque temos que remexer em várias feridas sempre abertas que passamos a vida toda tentando esconder. Mas é só quando passamos, de fato, a acreditar em nosso valor, em nossa integridade humana, é que ganhamos força, somos empoderados, nos sentimos confiantes para enfrentar o racismo em outras dimensões.

E essa redescoberta de nós mesmos, de nosso valor como humanos, de nossa ancestralidade, de nossa beleza preta, africana, deve vir com o entendimento e a aceitação de nossa diversidade. Uma das formas de o racismo nos enfraquecer foi nos reduzindo a um modelo estereotipado de pessoa negra, nos impondo violentamente determinados papéis nos quais nunca coubemos de verdade. Para o racismo, negro é apenas o de pele mais escura, somos sempre animais sexuais, sempre cisgêneros e heterossexuais, e naturalmente adequados ao trabalho braçal. Redescobrir a riqueza de nossa negritude passa por enfrentar esses reducionismos racistas e celebrar nossa diversidade. Por isso, qualquer iniciativa que pretenda valorizar as estéticas negras precisa estar atenta a isso.

Uma pessoa negra de pele muito clara (como eu, autor desse texto) pode se livrar de muitas situações de violência policial justamente por ter pele clara, mas vai continuar sendo escanteado para o lugar do “feio, ridículo” na sociedade, receber apelidos racistas e crescer se odiando por ter fenótipo negro. Uma menina negra e lésbica, não sofrerá apenas por ser negra, mas o racismo que a agride virá com uma carga de machismo e lesbofobia junto. Entre nós, temos de mulheres e homens a pessoas não-binárias, de cis a transgêneros, de gays, bissexuais e lésbicas a heterossexuais, dos de pele mais escura aos de pele mais clara. O racismo não esquece nenhuma pessoa negra, portanto, desenvolver valorização e auto-amor entre nós, individual e coletivamente, envolve respeitarmos e entendermos a riqueza da nossa diversidade.
Para finalizar, acredito que esse movimento que busca valorização da estética negra é, sim, absolutamente importante porque reconstrói nossas defesas, nossos escudos, nossa resistência individual, mas também coletiva. Não é suficiente, mas que estratégia sozinha é suficiente? Se cada preta e cada preto, a partir de suas possibilidades, fizer aquilo que estiver ao seu alcance, conectado com aquilo que o outro faz, isso já terá um impacto enorme. A violência policial contra nós é profunda e precisa ser discutida, mas somos diversos e o racismo também nos violenta de maneira diversa. Racismo não é só o que sai da arma de um policial. Portanto, nos amar, gostar de nós mesmos, pode ser um primeiro passo para entendermos melhor outras questões e nos engajarmos nelas.

Estética empodera, sim. Porque não dá para enfrentar o racismo quando você ainda se odeia.

FÓRUM DE MODA - São Paulo: INCLUSÃO SOCIAL

Cynthia Mariah tratará de vertentes da moda que fazem diversas inclusões.
FÓRUM DE MODA - São Paulo: INCLUSÃO SOCIAL (folder em anexo)
10 de junho das 9h30 às 12h e das 14h às 17h
Onde: PUC-SP - Rua Monte Alegre, 984 – Prédio Bandeira de Melo – 1º andar
Objetivo: Discutir questões relativas à Inclusão Social e conhecer projetos que buscam a inserção por meio da cultura e do trabalho, especialmente relacionado à cadeia da moda, sujeitos e comunidades.
‪#‎modacomotextodacultura‬ 
‪#‎inclusaosocialnacultura‬

Colóquio de Moda será na Paraíba

Edição de 2016 ocorre em paralelo ao Fórum das Escolas de Moda


Neste ano, o Colóquio de Moda leva os pesquisadores para a Paraíba. Nesta edição, o evento ocorre em paralelo ao Fórum das Escolas de Moda e terá 15 minicursos com 4 horas de duração cada um, ministrados por nomes como André Hidalgo, criador da Casa de Criadores, e a jornalista Alina Amaral. A programação do congresso inclui conferências internacionais e mesas-redondas,  organizadas em temas divididos em Modos de Pensar e Modos de Fazer.

Maior evento acadêmico de moda no Brasil, que reúne aproximadamente 1.500 participantes (pesquisadores, estudantes e interessados na área de moda), o congresso abriga 14 Grupos de Trabalho (GTs), que recebem artigos de pesquisa de mestres e doutores. Conta também com as sessões de Comunicações Oraisdirecionadas aos pós-graduandos e pós-graduados (lato ou stricto sensu acadêmico ou profissional), docentes membros de grupos de pesquisa, pesquisadores nacionais ou internacionais. Estudantes de graduação e recém-formados podem optar por submeter pôsteres, que serão inseridos no III Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em Design e Moda.

Desta vez, o Unipê (Centro Universitário de João Pessoa) abrigará o evento que, a cada ano, acontece em um Estado brasileiro, em uma instituição de ensino que oferece curso de moda. O objetivo é facilitar o acesso às informações regionais, incentivar o reconhecimento de potências relacionadas à moda, tanto na academia quanto no mercado, nas diversas regiões do Brasil, promover o intercâmbio e o debate acadêmico, o reconhecimento e o questionamento do mercado e as possibilidades de inserções na formação, profissionalização e pesquisa para desvelar as várias formas de abordagem e saber sobre a Moda. Trata-se de pensar a inovação, a pesquisa e a interlocução entre diferentes áreas que fomentam reflexões, questionamentos e relações.



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Fashion Meeting discute o setor

Evento acontece dias 29 e 30.06, na Belas Artes

Backstage do estilista Amir Slama, um dos convidados do evento. Foto: Thiago Bruno

Jornalismo, mídias digitais, business, direitos autorais e casamento entram na pauta da terceira edição do Fashion Meeting, que firma-se como um pólo de debate sobre a moda. “Queremos sair do teórico, aproximar a moda do mundo real. É uma oportunidade de conhecer a visão e o modo de fazer de pessoas com carreiras sólidas, que têm valores e dicas incríveis de sua trajetória e de seu próprio intelecto para ensinar”, explica a idealizadora do evento, Daniela Dornellas.

Focado em empresários, profissionais e teóricos, o encontro tem uma estrutura com debates, exposições e desfiles que permitem a interação com o público e a troca de saberes entre os participantes. “Não queríamos aquele modelo onde um só fala e outros escutam. A proposta é trocar ideias e tirar dúvidas. Daí a intenção de realizar as mesas de debates com interação, em temas relevantes e atuais e que realmente permitam estarmos em um meeting”, explica Daniela.

A primeira mesa aborda os negócios na moda e o universo digital, como marketing digital, mídias sociais e o impacto dos novos meios na moda e no comércio de roupas /e- commerce. O debate conta com a participação da consultora e acadêmica Carol Garcia (Belas Artes), do empresário Rafael Bluvol (CEO do Instaby), do fundador do app de beleza Sungu, Tallis Gomes, do Paulo Conegero (PR da Farfetch) e da jornalista e acadêmica Silvana Holzmeister (CAT Magazine e Belas Artes).Beleza é o tema da segunda mesa. Entram em pauta assuntos como o universo da maquiagem e da beleza visto pelo olhar da moda, assim como as novidades e tendências de beleza e como ela se relaciona com a moda. Os convidados são Erisson Rossati (Belas Artes), Paula Martins (Blogueira e consultora de moda), Wanderley Nunes (empresário e hair stylist) e Nina Secrets (blogueira de moda).

Em seguida, o terceiro meeting será sobre negócios e burocracias na moda. A mesa Fashion Law será composta pelo advogado Adib Abdouni, Roberto Davidowicz (presidente da ABEST) e a empresária e acadêmica Káthia Castilho (Editora Estação das Letras e Cores). Juntos, eles falarão sobre as regras do mercado da moda: marcas e patentes, proteção jurídica e o preventivo. O quarto meeting, que tem como tema o mercado editorial, abordará o jornalismo de moda e vai contar com Pedro Diniz (Folha de SP), Sandra Teschner (Profashional), Daniela Dornellas (publisher revista A!) e Vanilson Coimbra (Oficiem). Encerra o primeiro dia o bate-papo entre a estilista Glória Coelho e a jornalista Lilian Pacce.

No dia seguinte, a moda masculina abre os trabalhos. Em pauta, estarão assuntos como a evolução da indústria da moda masculina no mundo e as apostas das marcas com André do Val (Site Petiscos), Amir Slama (estilista) e o consultor de estilo masculino, Alexandre Taleb.O sétimo meeting será sobre casamento, com mesa redonda composta por Francesca Giobbi (designer de sapatos), Graciella Starling (alta chapelaria), Estela Noyama (designer de acessórios), Samuel Cirnansck (estilista), Camila Piccini (blog Say I do e CEO do evento Casar) e Fernanda Suplicy (Yes Wedding).

O oitavo meeting é sobre o Design e novos materiais, onde serão abordados assuntos sobre o valor do handmade, do desenvolvimento de novos materiais a partir da natureza, etc. Os profissionais da serão: Martha Medeiros (estilista), Waldick Jatobá (MADE), Adriana Chaparro (Paraguay), Almira Martins (universidade federal do Pará), Jorge Grimberg (Site JG), consultora e acadêmica Carol Garcia como mediadora e Chantal Goldfinger (Site The Eyewear). O último meeting será um bate-papo entre Costanza Pascolato e Paula Martins.Sincronizado ao calendário de moda nacional e internacional, esta edição, que acontece nos dias 29 e 30 deste mês, a partir das 14h, na Belas Artes, em São Paulo.



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Criatividade, design e inovação. Mas ainda amor e respeito pela natureza. A sustentabilidade está cada vez mais se tornando tema dominante em todas as indústrias e, na moda, não seria diferente. Essa nova sensibilidade investe na inovação para proteger o meio ambiente, utilizando materiais ecológicos e reciclados.
Estamos acostumados a pensar na madeira como algo duro e poroso, áspero ao toque e durável, mas hoje, novas tecnologias de processamento estão tornando possível um conceito completamente diferente.
 
Tecidos, couro, plástico e metal terão de compartilhar o trono de matérias-primas necessárias para a produção de roupas e acessórios com o que é agora considerado o 'quinto elemento'.

O uso da madeira na moda contemporânea está cada vez mais evidente em muitas coleções. Algumas empresas têm criado novos tipos de materiais incomuns que estão cada vez mais sendo apreciados por designer e estilistas.
 
Os designers israelenses Tesler e Mendelovitch criam bolsas e móveis supermodernos revestidos com folha de madeira flexível. A folha é colada sobre um tecido leve de algodão e depois cortado a laser nos mais diversos desenhos para dar a flexibilidade desejada pelos designers para a criação dos seus produtos.
 
Já a empresa italiana MyMantra, criada por Marcello Antonelli e sua filha Marta, lançaram um novo tecido chamado Ligneah, que pode ser uma alternativa sustentável.
 
O Ligneah é o resultado do processamento do laser sobre as finas folhas de madeira, que, graças as micro incisões na fibra, tornaram a madeira suave como couro e flexível como tecido. Os materiais utilizados na fabricação são madeira, algodão e cola biodegradável. Este material também é sustentável, biodegradável, livre de crueldade com animais e natural.
 
A moda é a primeira indústria que percebeu o potencial deste novo material e suas utilizações são infinitas, pois, como tudo o que pode ser feito com tecido ou couro, pode também ser feita a partir do Ligneah.

A maciez, textura, flexibilidade, peso e espessura do tecido dependerá do tipo de madeira utilizada, tipo de suporte, processamento, revestimento e tipo de essência da madeira. Ligneah está disponível em bétula, Bolívia, freixo, nogueira, cerejeira, faia, olmo, bordo e carvalho.
 
A madeira utilizada para fazer o Ligneah vem exclusivamente de florestas geridas de forma ética e com respeito para com todo o ecossistema. A certificação FSC garante a rastreabilidade e origem da madeira. Graças a um acordo com a ONG Tree-Nation, para cada produto vendido, uma árvore é plantada na Nigéria.
 
Cada árvore pode produzir 200 bolsas e 100 sapatos e o ganho ambiental é óbvio. O louvável do produto não é só a ética, mas também o custo-benefício, pois o processamento de couro pode custar até 300 euros por metro quadrado, e o Ligneah pode atingir no máximo 150 euros por m². 

Saindo do circuito tradicional de desfiles, a Angola Fashion Week já está em sua 16ª edição, movimentando o setor de moda na África. Programado para o período entre 23 e 25 de junho, o evento ocorre no Centro Cultural Paz Flor, em Luanda.
Essa edição traz como tema oficial "Palanca Negra Gigante", animal considerado em extinção até ser redescoberto no Parque Nacional de Cangandala (Malanje). Símbolo de vivacidade, velocidade e beleza, ele foi escolhido por representar a magnitude e o glamour ao qual o evento se propõe.
 
Em nota, Emilia Morais, presidente do AFW, conta que "Luanda se transforma nesta época, geramos muitos empregos diretos e indiretos, além do movimento em hotéis, restaurantes e em todo o comércio local que lucram muito durante o evento. Entramos de corpo e alma neste projeto".
 
Contando com direção e produção da empresa brasileira Cia Paulista de Moda, mais de 30 marcas vão apresentar suas propostas no evento. Entre elas, três nomes importantes da moda nacional constam no line-up: Amapô, Lenny Niemeyer e Ronaldo Fraga, levando um pouco da cultura brasileira até Angola.
 
Outra novidade é a participação do coletivo carioca OEstudio através do projeto Angola Fashion School. Nesta proposta, é realizado um processo de criação colaborativa com jovens designers angolanos, revendo a moda a partir de pilares como educação, identidade, história e cultura.
 
Junto a isso, a partir do 'briefing' de estilistas africanos, a artista e designer Karlla Girotto fica responsável pela direção de moda dos desfiles, ressaltando o uso de acessórios criados pelo G>E (Grupo Maior Que Eu, de pesquisa e propostas estéticas).​

Periferia Inventando Moda

Cynthia Mariah é estilista educadora e idealizadora na empresa Cynthia Mariah. É graduada em design de moda pela Faculdade de Tecnologia Carlos Drummond de Andrade e coordenadora de estudos e Pesquisas da ANAMAB (Ass. Nacional de Moda Afro-brasileira).
Através dos seus trabalhos unindo design e técnicas artesanais, valoriza a moda autoral e afro-brasileira. Diz estar sempre disposta a colaborar em prol dessa causa.

Arte: @goliahdesign ●●●
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Existe uma história por trás….

O famoso turbante é utilizado há séculos em vários países da África, como uma forma de indumentária comum, protegendo do sol, e também, segundo quem o usa, uma forma de proteger os pensamentos. O turbante, conhecido também pelo nome de torço ou Ojá, foi chegado ao Brasil pelas escravizadas nas principais capitais da colônia, que no tempo da escravização foi utilizado com outras finalidades, por exemplo, as escravizada escondiam seus cabelos, usados essencialmente pelas mucamas que não possuíam recursos para cuidar dos cabelos.

Há medida do tempo, o turbante passou a ser associado às religiões de origem Africana. A popularização se deu especialmente no estado da Bahia, principalmente pelas baianas vendedoras de acarajé, pais de santo e os famosos blocos da Bahia. Hoje eles estão em alta, e sendo muito usado no dia a dia, afirmando a identidade e ancestralidade do povo negro.

Contudo, surgiu varias opiniões equivocadas sobre o turbante, muitos pensam que é um lenço de pano e item da moda, que a mídia e o capitalismo sempre pregam, mas não é isso! O turbante vai, além, é simplesmente uma obra de arte, tem sua versatilidade, pois com apenas um tecido de cor lisa ou estampada, forma-se vários tipos de amarrações. Esse acessório é símbolo de luta, empoderamento, identidade e sobretudo, resistência do povo negro.

O turbante carrega vários significados, um dele é a ancestralidade, pois antigamente era utilizado por necessidade e atualmente muito o usam fazendo um resgate histórico, gerando uma representatividade da identidade negra, resultando numa forma de ato político pela a estética.

Usar turbante nessa sociedade com padrão eurocêntrico, e logo racista, é uma forma de lutar e resistir todos os dias, principalmente porque o turbante sempre foi associado à coisas negativas, como por exemplo: uma mulher negra que usa turbante em qualquer espaço, desperta olhares preconceituosos, de que ela é macumbeira, pratica rituais ligado ao “demônio” ou coisa do tipo (sendo que o significado da palavra macumba é totalmente diferente).

Essas concepções equivocadas acerca do turbante só refletem o preconceito racial e a falta de conhecimento sobre religiões de matrizes africanas presentes na sociedade, o que faz gerar atitudes discriminatórias e de intolerância religiosa. Já no caso da mulher branca usando esse acessório, de ferramenta de empoderamento negro, é logo elogiada e tida como mulher estilosa e ‘descolada’.

Desse modo, percebemos que existe uma seletividade nas percepções acerca do turbante, e é por isso que o movimento negro problematiza a falta de contextualidade e profundidade relacionada a esse tema.

O problema não é a separação: de apenas negra/o poder usar turbante e brancos não. Mas o que está em questão é a motivação para o uso do turbante. O ideal é que haja consideração e respeito, sempre usando-o com consciência sobre o real motivo e seus significados de utilizar o mesmo – para nós é de luta, realçando e valorizando a cultura negra, já para os brancos, é de apenas estética.

Esse processo gera a tal de “apropriação cultural” que se dá através do desconhecimento e ignorância que aquele símbolo representa para certa cultura, a partir do momento que conhecemos o elemento e seu significado, podemos usá-lo de forma mais respeitosa e consciente.

Contundo, tendo em vista a ilegitimidade e a invizibilização que o povo negro sempre teve, o turbante é uma ferramenta para a visibilidade das histórias, crenças, religiões, e principalmente da valorização da identidade da nossa beleza e cultura, tão arduamente negada e discriminada.Onde surgiu o turbante não se sabe exatamente, mas podemos constatar que seu uso faz parte da história, cultura e rotina de vários povos do Oriente Médio, Egito e, sobretudo da África. Antigamente o uso desse acessório nos países orientais era predominantemente por homens, com objetivo de representar e/ou indicar sua posição social, tribo, casta e também a religião.

Imagem – Mulher negra com turbante. República da Gâmbia.

A vencedora do “Africa’s Next Top Model” de 2013, Aamito Lagum, é uma modelo de Uganda de 23 anos que arrasou na Semana da Moda em Nova York, participando nas passarelas de Tadashi Shoji, J. Mendel, a linha de roupa Yeezy (do Kanye West) e Ohne Titel, também foi a responsável por fechar o desfile do desenhador Zac Posen. Ou seja, um a-rra-so total.

Por Thais Ramos

Se não me vejo não compro
Mas já sabem, os nossos triunfos costumam incomodar e desde que existe internet alguns não poupam esforços em declarar isso.

A modelo recebeu uma mensagem de um amigo informando que tivesse cuidado, pois a marca MAC Cosmetics havia publicado uma foto dela com a sua maquiagem no Instagram, a qual estava dando o que falar…

A fotografia que a MAC publicou é um close dos lábios (ma-ra-vi-lho-sos) da modelo, pintados de roxo (foto principal). Foi onde aquela chuva de comentários desdenhosos e racistas começaram aparecer, a maioria de “anônimos”, obviamente este tipo de gente também é covarde.

As declarações da modelo mostram a força da nossa raça: “No começo me senti lisonjeada, porque realmente achei os meus lábios lindos nesta foto”, mas quando comecei a ler os comentários, foi um pouco perturbador. Escreveram coisas horríveis porém não me surpreendeu, o qual é desalentador”.

Em um blog ela compartilhou a foto e escreveu “meus lábios estão causando insônia”.

Por outro lado, a marca MAC Cosmetics viu como a sua conta do Instagram, dedicada ao Glamour se converteu em uma plataforma de ódio anônimo, a presidenta global da marca, Karen Buglisi Weiler, declarou que “de um modo geral os seguidores da MAC são de opiniões firmes e nós promovemos o diálogo, porém não toleramos o abuso nem a crueldade”. Entraram em contato com Instagram e denunciaram cada comentário abusivo e racista, no dia seguinte publicaram uma foto que dizia “Todas as idades, todas as raças, todos os sexos”.

Por outro lado, a desenhadora Alexa Adams da marca Ohne Titel, apoiou a modelo compartilhando a sua linda foto e declarou algo interessante: “Foi muito impactante ver que em uma página com tanta visibilidade como o Instagram da MAC, houvesse pessoas expressando tanto ódio. Isso só respalda a ideia de que as marcas de beleza e moda devem apostar por uma definição mais variada de beleza”.

Na minha opinião é triste, porém, como disse Lagum, o preocupante é que este tipo de coisas não nos surpreendem mais… Estes ataques covardes ocorrem para que outras marcas recuem e não nos representem, pois acaba sendo mais fácil colocar uma modelo branca (mesmo que tenha os maiores lábios do mundo siliconados), do que colocar uma modelo negra e ter tanta polêmica. Espero que cada dia tenhamos sim, maior representatividade desta índole, e que sejamos mais os que elogiamos do que os racistas invejosos que atacam!

 
Parabéns MAC Cosmestics pela atitude e parabéns à modelo Aamito, pela sua beleza e força!

População negra utiliza cada vez mais a estética para  reafirmar a própria identidade e como ferramenta para fortalecer a cultura

Quando a universitária Cassandra Fialho, 26, anda pelas ruas todos os olhares se voltam para ela. Difícil permanecer indiferente à sua presença, e não somente por se tratar de uma bela jovem. O que se vê quando ela passa é uma mulher empoderada desfilando nas ruas a sua ancestralidade. Ao sair de casa com um enorme turbante e vestido longo de estampa africana é justamente esse o seu objetivo. "Quero romper padrões estéticos, comunicar a história do meu povo, tombar na cara de parte dessa sociedade que só vê beleza no que está de acordo com o padrão eurocêntrico", desabafa.

Considerando a expressão utilizada pela universitária, é possível dizer que há, atualmente, uma legião de tombadores em toda parte: nas ruas, nas festas e empresas, nos blogs e redes sociais. São mulheres, homens e até mesmo crianças que fazem da moda, linguagem; e a utilizam, principalmente, para  reafirmar a própria identidade e como ferramenta para propagar e fortalecer a cultura negra.

"É algo que vai muito além da moda, um movimento que cresce a cada ano. Essas pessoas estão se conscientizando de que a forma de se vestir é, também, um ato político e  sabem que por meio das suas roupas e acessórios representam e significam sua condição social e identitária", comenta a designer Goya Lopes, uma das precursoras na produção de estamparia e roupas baseados na cultura afro-brasileira.

Há 30 anos, quando a designer começou a utilizar essas referências, quase não havia pessoas interessadas em produzir moda para negros ou que utilizassem elementos da cultura negra em seus produtos. As estampas étnicas ou com inspirações africanas eram restritas, até então, aos desfiles e vistos apenas nas passarelas. Hoje, há diversas lojas e marcas, apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas pelos empresários do ramo para manter um negócio voltado para um público ainda estigmatizado e inferiorizado.

"A valorização da moda afro-brasileira é, antes de tudo, uma política de afirmação da identidade do país, mas  ainda temos um longo caminho a percorrer", diz Goya, que também é membro da Associação Nacional da Moda Afro-Brasileira (Anamab) e proprietária da grife que leva o seu nome, no Pelourinho.

Para a designer, é necessário que o mercado, as instituições e o público reconheçam a moda afro como influência da cultura brasileira. "O problema é que o segmento ainda está muito longe de ser aceito dentro de um processo, porque ele exige produção, distribuição e uma resposta positiva da mídia e, infelizmente, ainda são poucos os que conseguem alcançar completamente esse tripé", pontua. 

Afroempreendedor

No Brasil, há carência de pesquisas e dados sobre a moda afro-brasileira e o quanto ela representa na economia do país. É fato, no entanto, que houve um aumento do número de empreendedores negros em atividade. O último levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2002 a 2012, registrou um crescimento de 27% no número de empresários negros no Brasil.

O aumento levou o índice a ultrapassar o de empreendedores brancos pela primeira vez na história. Em 2012, 50% dos donos de negócios eram negros, enquanto 49% se declaravam brancos e 1% pertencia a outros grupos populacionais. Embora maioria, os empreendedores negros ainda se concentram em negócios pequenos e em ramos de menor lucratividade, como agrícola e construção (40%), seguidos dos setores de comércio (24%), serviços (22%) e indústria (10%).

A Bahia é líder no país em número de empreendedores negros e pardos, com 12% do total de brasileiros e 1,3 milhão de empreendedores. De acordo com o gerente da Unidade de Acesso a Mercado do Sebrae-Bahia, José Nilo Meira, há atualmente 644 mil micro e pequenas empresas no estado, 50% delas são comandados por negros.

A mudança é atribuída às transformações econômicas e sociais ocorridas nos últimos anos. O empoderamento e o crescimento do orgulho negro, a ascensão social das classes C - formada majoritariamente por negros (80%) - e o aumento do acesso à informação são alguns dos fatores que teriam propiciado uma série de oportunidades para esse público.

"Sem dúvida, tudo isso contribuiu para ajudar a estimular negócios envolvendo a moda negra, assim como aumentou o poder de consumo do nosso povo", comenta o sócio-proprietário e diretor de estilo da marca Katuka Africanidades, Renato Carneiro, 45. A empresa registrou um aumento de cerca de 300% desde que foi criada, há 10 anos. Com duas lojas no Pelourinho, que reúne moda, arte e literatura, emprega oito pessoas, sem contar os prestadores de serviço.

Renato reconhece os avanços, mas afirma que a cultura negra ainda é vista de maneira estereotipada. "Ainda há quem apareça em minha loja buscando por 'fantasia'. Ora, eu não vendo fantasia. Para algumas pessoas é isso o que o nosso modo de vestir representa, algo exótico. Elas querem colocar um turbante na cabeça e ir para uma festa temática, mas não leem, por exemplo, a nossa literatura. Neste sentido, ainda estamos atrasados", afirma.

Diversidade

Essa ideia recorrente de uma moda afro restrita ao uso do turbante e de roupas com estampas africanas sempre incomodou a estilista Najara dos Santos, 33. "A moda afro é muito mais ampla e diversa", pontua.  Quando criou a marca N-Black, em 2005, buscava mudar essa ideia e produzir algo diferente do que existia no mercado.

"Até então, todas as marcas produziam essas peças mais tradicionais, com muita estampa africana e étnica ou com muito tecido. Não existia nenhuma loja que representasse essa negrada que tinha um estilo mais urbano, mais contemporâneo como o meu. Vim do gueto e queria uma marca que nos representasse", conta.

Acostumada a customizar as próprias roupas, começou a produzir peças com foco no público negro feminino e masculino, usando como conceito a moda de rua (street style). "Comecei a pesquisar loucamente. Ouvi diversas pessoas, passei a frequentar lojas de tecidos, pegava indicação de profissionais e de vendedores, e ia testando. Foi dando certo", diz Najara, que também encontrou no público plus size um outro nicho de mercado. "Sou gorda, sempre tive dificuldade de encontrar roupas. Sei o quanto é difícil".

Deu tão certo que ela foi convidada para produzir  figurinos para bandas de pagode. "Foi muito louco porque tudo o que eu fazia era de forma autodidata, não tinha formação. Sabia que tinha algo precioso nas mãos, que existia um público ávido por esse tipo de produto, mas não sabia como trabalhar com isso. Quebrei muito a cara", explica.

A falta de formação trouxe outra consequência, esta bem mais dolorosa. "Sofri muito preconceito. Fui bastante criticada. As pessoas não queriam associar os seus nomes à minha marca porque diziam que eu não entendia nada de moda". Diante das dificuldades, buscou se profissionalizar. Graduou-se em design de moda e teve oportunidade de trabalhar e aprender com quem já sabia e estava no mercado.

"No final das contas, foi a melhor coisa que podia ter feito. O conhecimento ampliou a minha visão", afirma a estilista. Durante esses 10 anos, registrou um crescimento de 70% e, mesmo nesse período de crise, consegue adquirir entre 20 e 50 novos clientes por mês, de diferentes classes sociais.  "Engraçado que as pessoas diziam que a minha empresa não passaria de um ano. Hoje me orgulho de estar aqui e de ter me tornado uma referência para o povo negro no que se refere à moda de rua. Sou uma guerreira em resistência", diz Najara.

Com um trabalho mais diverso, mas também focado na moda afro, a proprietária da Nega Negona, Cláudia de Jesus, 38, vai consolidando a sua marca. Em seu ateliê, que funciona anexo à casa onde reside, há peças de todos os tipos e para todos os gostos. "Esse universo da moda afro-brasileira nos permite inúmeras possibilidades de criação. E o interessante é justamente isso, poder apresentar e oferecer coisas diferentes para as pessoas", diz.

Cláudia, que é também pedagoga, tenta conciliar a dupla jornada de trabalho para conseguir dar conta da demanda. "Não tem sido fácil. Houve um crescimento muito expressivo nos últimos anos. As pessoas têm buscado mais nossos produtos. Isso é maravilhoso", conta a estilista, que tem planos de abrir uma loja. "Torço para que em breve isso aconteça. Quero ver cada vez mais pessoas desfilando a cultura do meu povo por aí".

Onde encontrar
Goya Lopes  Rua Gregório de Mattos, nº 20, Loja 4 - Pelourinho. Telefone: 71 3321-4782
Katuka Africanidades  Rua Guedes de Brito, 01, Praça da Sé. Telefones: 71 3322-1634 / 33210151
N-Black   Rua Carlos Gomes, nº 826, Conjunto Comercial Tuiuti, Loja 11 - Centro. Telefones: 71 3329-4491 /(9) 9204-2868 / (9) 8812-4647
Nega Negona Rua Clemente Mariani, nº 41 - Boca do Rio. Telefone: 71 (9)8788-1728

O Príncipe Letras e a Princesa Urbana

vão encantar o público infantil com belas histórias. Os personagens, vividos pelos irmãos João Lucas e Raisla Maria estarão no Kafulu - Espaço Criança, na Biblioteca do Mercado da Lagoinha. Leve os pequenos de até 12 anos para embarcar nesse universo de muita diversão! No dia 13/08, de 14h às 17h – Entrada pela Av. Antônio Carlos, 821 – Lagoinha/BH.

Acesse - http://anamabmodabrasil.wix.com/moda-afro-brasileira

Projeto 422/2014 realizado pela ANAMAB, com o patrocínio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura / Fundo de Projeto Culturais da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. ‪#‎mostrabrasilafromoda‬ ‪#‎minas‬‪#‎bh‬ ‪#‎brasil‬ ‪#‎modaafrobrasileira‬ ‪#‎compredoafroempreendedor‬ ‪#‎moda‬‪#‎belohorizonte‬ ‪#‎modabrasileira‬

O público masculino está antenado nas tendências do mundo da moda. Seja aderindo ao estilo urbano, casual, visual vibrante ou sóbrio, os homens têm consumido produtos que, acima de tudo, tenham a ver com sua personalidade. Almin Oliveira, músico integrante das bandas Banda Aldroz e Banda Black Arte, que se apresentarão na II Mostra Brasil Afro Moda em agosto, faz bonito dentro e fora dos palcos. Repare só no estilo! Almin veste Goya Lopes Design Brasileiro, de Goya Lopes, e colar da Filha da Norma, da Naiara Farias.

Saiba mais sobre a Mostra: http://anamabmodabrasil.wix.com/moda-afro-brasileira
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Espaço Kafulu 

O Espaço Kafulu - Espaço para as crianças

será realizado no dia 13/08/2016 no Mercado da Lagoinha.

De 14h ás 15h - Oficina Abayomi - A boneca falante.

e de 14h ás 17h- Kafulu - Contação de histórias, vídeos, desenhos.

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